quinta-feira, março 29, 2012

Nossa Reconciliação (canção)


Vou subir em minha motocicleta e partir
Sem preocupação
Mas ao dobrar sua esquina irei pensar
Se volto ou não

A distância entre a sua casa e a minha nunca foi
Tão feroz
É pena que ela seja tão menor
Que a que existe entre nós

Será, que quando eu chegar em casa
Haverá uma ligação?
E quando eu retornar – sem graça – você irá
Me pedir perdão?

E mesmo magoado eu te direi
Deixa pra lá
Também falei besteira. Eu nunca quis
Te magoar


Eu devia ir até a janela e ver
Se ele já foi
                                 Talvez gritar "te amo" e encontrar                                                                                       Um sorriso em nós dois

Espero que vá com cuidado e chegue bem
Sem nenhum arranhão
O mesmo, infelizmente, não posso esperar
do meu coração

Será, que quando ele chegar em casa
Vai ligar com a voz mansa?
Pegar o violão rememorar nossa canção?
Vai lembrar como sou boba e me chamar 
de criança? 
Fazer uma piada e confortar
Meu coração

Do cancioneiro


Um bem nessa noite a chuva trás
Nem dá vontade de dormir
Só pra poder seguir
Ouvindo o som que ela faz
Deita no meu ombro
Escuta o som dessa canção
As gotas caindo no chão
São os acordes precisos do meu coração
Se quiser dormir
Fique a vontade
Felicidade, desde hoje à tarde
Se encontra aqui. 


segunda-feira, março 19, 2012

Menina das Curvas


Chamo-te: menina das curvas
Do sorriso curvado pra cima
Dos olhos cuvados pra baixo

De um corpo de voltas e voltas
E mais, me acanho em dizer.
Não sou chegado a traços perfeitos
Ou linhas retas 
Prefiro a imprecisão das curvas
E sua autenticidade 

A retidão é tão previsível
Tu, pelo contrário,
És minha surpresa de cada dia
Um pôr do sol com cores novas
A cada fim de tarde

Sua criatividade
Explode em delírios inesperados

Tens a alma do poeta
Embriagada pela leveza das curvas
Apaixonada por tudo que é belo no mundo