Meu coração reconheceu teu sorriso.
Bateu desembestado
Feito zabumba aperreada
Na mão do forrozeiro.
Foi como na primeira vez que te vi
Quando eu, ainda menino
Fazia guerra de juá no pátio do colégio
Me sentindo tão gente grande
Te vi sentada nas escadinhas
Deus do céu, tu já eras tão linda!
Porque eu era tão criança
E tu tão mulher?
Desde aquele dia
O sol apareceu e fugiu um bocado de vezes
A lua cansou de beijar o velho Chico
Aquele pátio virou querência da memória
Mas tua graça persiste
O resto do mundo é ponto cego se você sorri